Uma
dessas listas na Slate me levou a um vídeo incrível. Nele, uma garotinha
no alto de seus 6 anos tem que descer uma longa rampa de esqui pela primeira
vez. O vídeo não é longo
(veja abaixo), usa uma daquelas câmeras on-board (Go Pro) e é muito
tocante. Ela parece ser uma esquiadora talentosa, mas se vê de frente com um
desafio daqueles e cheia de dúvidas e muito insegura (Do you go faster on
the end run?).
Em
sua preparação, você ouve a respiração ofegante, sua conversa com ela mesma (I’ll
do it.), seu movimento de cabeça, a repetição de um mantra (I can do
it!... I got it!), ela reduz o desafio para se encorajar (I’ll be
fine... t’s just longer.)... enfim, uma garotinha de 6 anos em 1m50 nos
ensinando o que deve ser feito.
No
excelente Being
Wrong, a escritora Kathryn Schulz faz uma observação
interessante: descontada todas as vantagens de aprendizado que as crianças têm
em relação a um adulto no que diz respeito a novas habilidades, caso fôssemos
colocados em um ambiente completamente diferente do nosso, elas se adaptariam
muito melhor entre outras coisas porque elas têm menos medo e menos vergonha de
errar.
Enfim,
quem sou eu para dar dicas a vocês? Meu curso de francês “aprenda você mesmo”
continua encostado no quarto. Sou bom de recomendações, apesar de não conseguir
seguir muito bem as minhas. Muito melhor que eu, é esta garotinha de (repito)
apenas 6 anos. Como ela mesmo disse: "[It's] just the suspense at the top the first time that
freaks you out. That's the only thing."
Se
há uma lista que me fez parar e pensar de verdade em mudança de atitude, foi
como ela encarou o medo de fazer algo tão radical. A ela sobrou coragem
e não houve medo nem vergonha de errar. Junto com a disciplina,
talvez seja um pouco mais disso que precisemos em 2013.
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