quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Dumbariboró, fundada em pedras

Pelos antigos textos aqui publicados, o sagaz leitor já deve ter percebido o fascínio que as pedras,  ou rochas, ou litos, causam nesse ser que vos escreve. Mas isso não é privilégio só meu, todas as civilizações que já tiveram o prazer de se deliciar com a vida sobre a Terra, corrijam-me se estiver enganado, tiveram seu grau de sofisticação diretamente atrelada à forma como souberam aproveitar-se das pedras que as rodeavam. Desde os tempos mais remotos até essa civilização bizarra que, hoje, nos caracteriza.

Sem falar nos sofisticados produtos que derivam, há milênios, do beneficiamento de minerais presentes nas rochas, vou-me ater a utilização de pedras como cantaria. Ou seja, a utilização de fragmentos de rochas, de variados tamanhos e formas, para edificações. Isso é algo que sempre despertou em mim um enorme interesse, e duvido que tenha passado despercebido aos olhos de quem gosta de observar o mundo. 

Castelos, quantos castelos não estão edificados sobre rochas bem consolidadas, e construídos com fragmentos dessas mesmas rochas. A alta tecnologia para extrair e cortar e transportar as duríssimas pedras duras, é algo que intriga à todos, nunca tive o prazer mas um dia terei, de saborear (não com o paladar mas sim com o saber) as famosas Pirâmides do Egito (trabalho colossal, atribuído por alguns até a alienígenas), as ruinas de Machu Pichu (se a humanidade soubesse se aproveitar tão bem das rochas como os Incas certamente não seriamos tão destrutivos), as Milhares de ruínas da America Central, ou mesmo Petra na Jordânia...ou mesmo essas ruinas na borda do Salar de Atacama,  o auge daquilo que arquitetos gostam de chamar de “granito rústico”.



Para completar essa lista alguns lugares que me marcaram muito, seja pela bela pedra que compõem as construções seja pela construção em si:
1)     A primeira vez que atinei para esse tipo de coisa, foi no famoso Parque Guell, onde o gênio Gaudí aproveita uma rocha com xistosidade (uma estrutura planar) e dando continuidade a direção dessa estrutura, cria suas belíssimas e famosas colunas inclinadas (faltam-me fotos desse junção arquito-tectônica);
2)     Na Ilha do Faial nos Açores, nos arredores de Horta, um belo forte foi erguido sobre rochas piroclásticas (fragmentos expelidos pelos vulcões, que se depositaram ali mistura de areia, cinzas e fragmentos), utilizando como material para seus muros, as mesmas rochas dali extraídas;
  
3)     As belas habitações trogloditas da região do Perigord, no sul da França, que utilizam-se de cavernas para construir seus lares;
 
 
4)     O peculiar Hotel de Sal construído nas margens do Salar de Uyuni na Bolivia;
 
 
5)     A ultima e que me falta uma boa foto, remonta aos princípios da língua e da civilização lusitânica, berço dessa bela língua e povo,  lá em Guimarães o castelo berço de toda essa história assenta e é edificado em um belo granitoide repleto de cristais porfiríticos de feldspato.
Manuel Corrêa, repousando na pacata São Paulo do inicio do Ano, que sem carros ainda é viável, BOM 2013 e viva minha quarta sobrinha que veio ao mundo ontem! É Tetra

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