Sem falar
nos sofisticados produtos que derivam, há milênios, do beneficiamento de
minerais presentes nas rochas, vou-me ater a utilização de pedras como
cantaria. Ou seja, a utilização de fragmentos de rochas, de variados tamanhos e
formas, para edificações. Isso é algo que sempre despertou em mim um enorme
interesse, e duvido que tenha passado despercebido aos olhos de quem gosta de
observar o mundo.
Castelos,
quantos castelos não estão edificados sobre rochas bem consolidadas, e
construídos com fragmentos dessas mesmas rochas. A alta tecnologia para extrair
e cortar e transportar as duríssimas pedras duras, é algo que intriga à todos,
nunca tive o prazer mas um dia terei, de saborear (não com o paladar mas sim
com o saber) as famosas Pirâmides do Egito (trabalho colossal, atribuído por
alguns até a alienígenas), as ruinas de Machu Pichu (se a humanidade soubesse
se aproveitar tão bem das rochas como os Incas certamente não seriamos tão
destrutivos), as Milhares de ruínas da America Central, ou mesmo Petra na
Jordânia...ou mesmo essas ruinas na borda do Salar de Atacama, o auge daquilo que arquitetos gostam de
chamar de “granito rústico”.
Para completar essa
lista alguns lugares que me marcaram muito, seja pela bela pedra que compõem as
construções seja pela construção em si:
1)
A
primeira vez que atinei para esse tipo de coisa, foi no famoso Parque Guell,
onde o gênio Gaudí aproveita uma rocha com xistosidade (uma estrutura planar) e
dando continuidade a direção dessa estrutura, cria suas belíssimas e famosas
colunas inclinadas (faltam-me fotos desse junção arquito-tectônica);
2)
Na
Ilha do Faial nos Açores, nos arredores de Horta, um belo forte foi erguido
sobre rochas piroclásticas (fragmentos expelidos pelos vulcões, que se depositaram
ali mistura de areia, cinzas e fragmentos), utilizando como material para seus
muros, as mesmas rochas dali extraídas;
3)
As
belas habitações trogloditas da região do Perigord, no sul da França, que
utilizam-se de cavernas para construir seus lares;
4)
O
peculiar Hotel de Sal construído nas margens do Salar de Uyuni na Bolivia;
5)
A
ultima e que me falta uma boa foto, remonta aos princípios da língua e da
civilização lusitânica, berço dessa bela língua e povo, lá em Guimarães o castelo berço de toda essa
história assenta e é edificado em um belo granitoide repleto de cristais
porfiríticos de feldspato.
Manuel Corrêa, repousando
na pacata São Paulo do inicio do Ano, que sem carros ainda é viável, BOM 2013 e
viva minha quarta sobrinha que veio ao mundo ontem! É Tetra
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