Quanto
vale um sonho? Quanto vale investir tanto naquilo que se acredita? O esporte é
repleto de história de pessoas que tentaram até o último instante e conseguiram
e conquistaram o improvável. E foi juntando esporte, lógica, estatística e
números que conheci uma das histórias mais incríveis que já li no esporte,
justamente em uma das modalidades que menos tenho familiaridade, o beisebol.
No apaixonante livro Moneyball
temos a história real de alguém que pensa diferente e que acredita ser aquele o
caminho certo a seguir. Há
um trecho do emocionante discurso de John Nash no filme Uma Mente Brilhante (2001)
(nunca me dei ao trabalho de ver se é verídico o trecho) no qual ele fala* (em
minha porca tradução):
“Eu
sempre acreditei em números, equações e na lógica que nos levam à razão. Mas
após uma vida inteira de busca eu me pergunto: O que é verdadeiramente lógica?
Quem decide o que é razão?”
Conhecer exemplos assim pode ser
reconfortante, afinal a maioria de nós se considera acima da média, aumentando
nossa crença que estamos certos. Mas ao mesmo tempo esses exemplos inspiradores
enganam já que apenas os casos de final feliz viram filmes e livros de sucesso.
Em um modelo cruel, porque não mostra os resultados de toda a realidade, dos
fracassos pouco saberemos. Não podemos sequer dizer qual é estatisticamente a
melhor decisão, se parar ou persistir cegamente.
Na verdade, a beleza é justamente saber que
existe a esperança de que dê certo aquilo que acreditamos e amamos. Isso nos
reabastece de fé de que podemos também estar no caminho correto. Se é errado
ter essa fé? Não deve haver resposta simples nem definitiva, mas ela com
certeza traz exemplos maravilhosos. No final do filme Moneyball (2011), que eu
não posso contar, o personagem se mantém fiel às suas crenças. Ele revolucionou
o esporte como conhecemos hoje e de quebra ganhou da filha a interpretação da
canção The Show que não consigo parar de ouvir.
Spoiler: ao acabar a cena, pare o vídeo
porque há trechos sobre o final.
* I've always believed in numbers and the equations
and logics that lead to reason. But after a lifetime of such pursuits, I ask:
'What truly is logic?' 'Who decides reason?'
Danilo Balu
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