Hoje pode até causar estranheza o porquê tanta atenção tenha sido dedicada à busca, mas no começo do século passado matemáticos diziam ser impossível, treinadores diziam ser sobre-humano e médicos diziam que o coração humano simplesmente entraria em colapso correndo nesse ritmo.
Foi a coincidência que fez ainda com que uma semana atrás o americano de número 400 quebrasse a mesmíssima marca. Mais. No mesmo ano em que Bannister parou o relógio em 3:59.6, 37 (trinta e sete!) vezes outros atletas fizeram o mesmo. Dias depois do britânico, o recorde mundial já havia caído vertiginosamente. Por quê?
Às vezes, coisas tidas como impossíveis precisam se tornar tangíveis aos olhos de tantos outros pra que se crie a coragem necessária. Pode parecer clichê de filme de 2ª categoria, mas “por ele (Everest) estar lá”, alguém foi lá e fez. Ou ainda, “por não saber que era impossível, ele foi lá e fez”.
O melhor livro que reconta a saga de Roger Bannister, o The Perfect Mile, é primoroso ao retratar tão bem ainda a vida do americano Wes Santee e o australiano John Landy lutando na mesma época pela mesma quebra. No final de tudo, talvez seja inevitável que o autor queira nos fazer acreditar que tenha sido assim, você fica achando que a honra de entrar para a história tenha ficado com Roger não porque ele fosse o melhor atleta, mas porque ele mais do que ninguém tinha a certeza que correr abaixo de 4 minutos era possível. Assim no esporte, assim na vida?
Danilo Balu
O livro é maravilhoso. Terminei de lê-lo há duas semanas e é realmente inspirador, não apenas pela história do Bannister, mas também pelas do Santee e do Landy.
ResponderExcluirOLÁ VISITE O BLOG http://colinasdoiran.blogspot.com.br/
ResponderExcluir