terça-feira, 10 de abril de 2012

DUMBARIBORÓ

SUBSTANTIVO EM MALINKE (África oeste subsaariana), bolsa, compartimento, onde repousam os feitiços do chasseur, o feiticeiro; figura que se mescla, sincretiza-se ao islamismo atual. O meu saco sagrado, DUMBARIBORÓ, é de couro, traz ferramentas (caneta, lápis, imã, lapiseira, lápis de cor, bussola e borracha, não que eu utilize essa ultimo, apenas rabisco por cima) e uma caderneta. Sempre atrelado ao cinto, acompanha meu caminhar por esse mundão, dando uma mãozinha, para colaborar com a memoria das emoções (juntamente com fotos e musicas) que se juntam, se aglutinam ao viajante.

Sou geólogo, viajo para conhecer o passado e o hoje da TERRA, consequentemente me encanto para além dessa ciência, tão desconhecida e miraculosa, com a natureza e sobre tudo com as mais variadas pessoas. Que num incrível e infinito mosaico de costumes, tradições, crenças, mentes, artes mostram-nos infinitas possibilidades de bem viver a nossa TERRA. Então, esse blablabá todo para falar que nesse espaço, convido-o a acompanhar-me e deparar-se com algumas passagens do que vejo e consigo mostrar para o papel e pras letras.

Afinal de contas a viagem só vale quando podemos juntar, guardar e continuar com as inspirações que ela nos proporciona.

Manuel guinée forestière abril 2012


Um comentário:

  1. Manuel, até por inspiração de origem, quando viajo me sinto mais ou menos como uma Waca, pastando pelo mundo. Todo dia, a toda hora, algum movimento ou som, de gente, bicho ou matéria, fazendo o rabo abanar. Não precisa ser mais que isso, Nem mesmo o cérebro precisa concluir a digestão, a ponto de externar qualquer resultado. É energia em transformação. Nós.

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