sexta-feira, 12 de abril de 2013

A próxima viagem é só pra correr mesmo?!

Faz mais de 20 anos que em maior ou menor grau competitivo eu corro. Mas foi desde o meio do ano passado que até para me motivar eu havia colocado uma meta de viajar para correr provas. Meu pai é Sergipano e fazia anos que não visitava o estado natal dele. Outras capitais como BH eu pouco fui. Então por que não? E assim foi! Em Fevereiro e Março fechei uma rotina de ficar viajando para correr. Rio, POA, BH, Aracaju, Rio de novo...

Em um texto recente em uma revista de corrida o autor mostra de forma muito interessante que boa parte do sucesso de um corredor, seja ele profissional ou amador (e isso deve valer muito para outros esportes também) está na constância com que o atleta pratica a corrida. Seriam as tais 10.000 horas que não inventadas, foram tornadas famosas por Malcolm Gladwell em Outliers? Pode ser.

O que faz de alguém um bom corredor ao longo das décadas de prática é multifatorial e complexo (de novo, vale para outros esportes também), mas a regularidade e constância são atributos porque diminuem nossa dependência do acaso. Mas há outro ponto importante: o que te motiva?

Assim como as pessoas mudam, nossas motivações também mudam. Eu demorei esse tempo todo para ver que sair por aí viajando para correr era uma alternativa interessante. Um dos meus sonhos de consumo recentes é um dia ter dinheiro o suficiente para entrar no blog “Correr pelo Mundo” e sair escolhendo provas ao redor do planeta sem ter que fazer muita conta. Será que chego lá? Complicado.

Ano passado, por exemplo, consegui fazer uma prova de 24km cruzando 3 países (Itália, França e Mônaco). Já os conhecia, mas essa competição foi a minha desculpa perfeita para voltar à região. Este ano estou com muita coisa agendada e programada para ir para Estônia, Lituânia e Letônia. Fazer? Participar de uma prova em cada país. Quando me perguntam o porquê vou para lá, sou honesto e respondo: competir. Ao menos é assim que me engano e me convenço. Não sei o que exatamente está me levando a esses países (nem eu sei, além dessas corridas e da curiosidade), mas para a coisa ficar mais compreensiva para mim mesmo, eu falo que é para competir.

Enfim, a corrida e a atividade física como práticas, ou os outros hobbies artísticos como a música, são uma jornada longa e que em tese não deveriam ser só sazonais, justamente porque fazem um bem enorme a nós. Para chegarmos à constância, precisamos não só sermos metódicos para manter a prática, mas também ter um “porquê” mais intrínseco. Pelos próximos meses eu tenho o meu. E você?? O que o motiva??
 
Danilo Balu

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