Talvez uma das explicações para isso, além da capacidade de interpretação de cada um, seja que ao viajarmos tudo é novidade. Ao contrário da rotina quando quase tudo é muito parecido ou repetitivo, nas viagens tudo é novo e chama a atenção – o jeito diferente das pessoas falarem e se comportarem, a forma e o cheiro da comida, o vento seco ou frio. E o novo se torna belo. As mensagens, por mais banais, vão sendo registradas na memória. Quando você retorna, a quantidade de informações e registros é tão grande, que tem-se a impressão que o tempo que passou foi muito maior do que realmente é ou foi.
Não há quem não se pegue, vez ou outra, tentando controlar ou
entender o tempo: nos cálculos de física e matemática, nas receitas de
culinária, na validade dos produtos, nas bulas dos remédios, nas aulas de
filosofia e principalmente nas poesias apaixonadas, quem é capaz de decifrar o
tempo?
Quem sabe, o tempo seja a maneira como você administra a vida.Boa viagem.
Mauricio Simões – Engenheiro, publicitário e escritor do livro “Por que deveria haver algum motivo?”
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