terça-feira, 16 de outubro de 2012

De tolerância, justiça e diferenças.

Vivemos em um mundo melhor, mas cada vez mais aborrecido. Sou otimista com o mundo, pessimista com a humanidade. A Democracia e a igualdade de direitos parecem ser conquistas que uma grande parcela (maioria?) já aceitou serem a melhor alternativa disponível na atualidade, mas batemos cabeça quando o assunto é saber conviver com as diferenças.
Com a liberdade, estamos ainda aprendendo a poder viver com nossas escolhas. A vida, aliás, é o resultado de uma série de escolhas que fazemos dia a dia. Escolhas essas que têm muito menos peso no resultado final do que imaginamos, mas não deixam de ser opções nossa. Mas cada um começa a corrida de um ponto diferente, usando equipamentos diferentes. E essa é a beleza do negócio, mesmo que pareça ruim para muitos.
Essa semana assisti a um curta de ficção belíssimo, o “2081”. Nele, a humanidade decidiu por igualar tudo. Os fortes usam pesos para ficarem mais fracos, as belas usam máscaras. O governo decidiu por tornar o mundo mais “justo” à sua maneira. A diferença incomodou, como incomoda.
Essa nossa tara pela igualdade e por justiça nos faz atropelar as diferenças naturais. Não basta mais ser bom, ser honesto. Você tem que comprar alimentos orgânicos, defender os oprimidos e ser a favor que em todo grupo da sociedade seja um espelho exato e fiel da média populacional em raça, sexo e credo. Mas é possível? Não, não é.
Enfim, o mundo fica chato não quando alguns fazem barulho distorcendo ao seu gosto o que seria a “justiça ideal”. Ele é chato quando um cargo do ministério de um país nórdico vai para uma mulher jovem e muçulmana, diferente de todo um passado histórico, e isso não é só mais tido como bonito por ser uma nova realidade, mas é tido como um fim. Custe ele o que custar. Inclusive matando as diferenças na base da força e da lei.

A arte da tolerância é talvez o que mais teremos que praticar em um mundo tão policiador.

 
Trailer do filme 2081:
 
 
Danilo Balu   

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